quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A despedida (sem o ser)

Faz hoje uma semana que partiste.
Cinco minutos depois da tua ida, já doía a tua ausência, já sentia a tua falta!
Não daquilo em que te tornaste... Senti a falta daquilo que eras, do homem que me fez cair de amor...
Procurei vestígios teus por toda a casa, como se quisesse encontrar provas da tua existência... Procurei o mais pequeno objecto que provasse que eras real, que não te tinha sonhado ou criado na minha imaginação...
Nada... Nem uma unica fotografia tua... Nada que te pertencesse...
Na minha secretária apenas um envelope branco, sem remetente ou destinatário....
Seria a tua despedida?
Por breves instantes senti-me dominada pelo medo e ao mesmo tempo inundada de esperança...
Seria um adeus para sempre ou um breve até já?
Durante alguns minutos, semlhantes a uma eternidade, segurei o sobrescrito, como se a minha vida dependesse desse pedaço de papel, como se receasse que ao abri-lo, todas as letras se desvanescessem e não encontrasse nada...
Ganhei coragem e abri.
Apenas uma página!

"Segui os teus conselhos. Fui em busca de mim mesmo e não tenho a certeza de algum dia me voltar a encontrar... Queria poder dizer-te que te amo, mas nem eu sei o que é o amor... Lamento não poder ser quem merecias, quem precisavas. Lamento ter conquistado teu coração...
Talvez um dia possa retribuir todo o amor que me deste...
Talvez ainda chegue a tempo...

                                                                          T."

E pronto, apenas isto!
Nada de palavras de amor, de promessas garantidas de que um dia vais voltar. Apenas a incerteza de um talvez...
Seguiste os meus conselhos, partiste em busca da tua alma perdida e agora nem sei se vais voltar...
Não te culpo! Fui eu, no fim de contas que te impeli a partir, fui eu que te tirei da minha vida....

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